Epitáfio

domingo, 15 de fevereiro de 2009
Escrito por Manji 1 comentários

Blog amoroso. Ego atencioso.
Morreu tão jovem. "Causas naturais", disse o médico.
Em memória, amado e eterno.

Rest in Peace.

Torre de Marfim

sábado, 5 de julho de 2008
Escrito por Manjí 7 comentários

"Os professores ensinam para ganhar dinheiro e não se esforçam pela sabedoria, mas pelo crédito que ganham dando a impressão de possuí-la. E os alunos não aprendem para ganhar conhecimento e se instruir, mas para poder tagarelar e ganhar ares de importante."

“Diante da imponente erudição de tais sabichões, às vezes digo para mim mesmo: ah, essa pessoa deve ter pensado muito pouco para poder ter lido tanto!”

"Em geral, estudantes e estudiosos de todos os tipos e de qualquer idade têm em mira apenas a 'informação', não a 'instrução'. Sua honra é baseada no fato de terem informações sobre tudo, sobre todas as pedras, ou plantas, ou batalhas, ou experiências, sobre o resumo e o conjunto de todos os livros. Não ocorre a eles que a informação é um mero 'meio' para instrução,”

- Arthur Schopenhauer em Parerga e Paralipomena.

Não é estranho ou incomum encontrar pessoas em meios acadêmicos e intelectuais, que gozam do “privilégio” e da responsabilidade de ostentarem, e com muito apreço, o título de erudito. Afinal, se empanturrar de idéias alheias e devorar quantidades monstruosas de livros e escritos merece um título certo? Sendo assim, o que diferencia um erudito de um intelectual?

Não sei. Mas percebo que atrelado a esses títulos muitas vezes se encontram juntos, uma aura de elitismo e intolerância. Como se a sensação de superioridade intelectual subisse a cabeça, tornando o ser, em uma maquina que só aceita o que é acadêmico, erudito e intelectual, enquanto recusa, o quase profano, contato com o mundo “popular”.

O que muitas vezes causa panelinhas universitárias de professores esnobes, segregação intelectual, seletividade e efeitos gerais de intolerância e elitismo tradicional, com quem teoricamente deveria ter mais facilidade para adentrar o tal mundo, e acaba sentido o atrito forçado pelos “Big Boys”.Esses sujeitos acabam então, causando repulsa e revanchismo, o que torna universidades e semelhantes, em ambientes competitivos(mais do que o necessário), de produtividade relativamente reduzida, além de desconfortáveis.

Então o elitismo intelectual causa uma má impressão nos outsiders, aumentando ainda mais o “estranhismo” com tais assuntos. “Estranhismo” esse que já existe a um bom tempo(causando imagens como a de que estudiosos de áreas mais abstratas são loucos) e que só tende a aumentar enquanto os revolucionários/cultos de internet e eruditos de universidades, ouvindo MPB e música clássica, brincam de “Eu li mais livros que você”.

Abraços, e Bill, it's your baby!